Potenciais interações medicamentosas graves quanto à frequência, tipo e fatores associados em pacientes admitidos em um hospital geral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21439/conexoes.v18i0.3325

Palavras-chave:

interações medicamentosas, interações medicamentosas potenciais graves, hospital geral

Resumo

Caracterizar as potenciais interações medicamentosas graves (IMP’s) quanto à prevalência, tipo e fatores associados em pacientes admitidos em um hospital geral. Corte transversal de um estudo prospectivo e longitudinal conduzido em um hospital geral, no período de dois anos, para o qual foram coletadas variáveis relacionadas aos pacientes, clínica da internação, número de internações e classe farmacológica dos medicamentos prescritos. Foram incluídos pacientes internados em dois dias previamente aleatorizados na semana, com idade ≥18 anos, sob uso de pelo menos um medicamento e com mínimo 24 horas de internação. Foram avaliadas 1.403 prescrições e dos 11.280 medicamentos prescritos, 1.173 (10,4%) estavam relacionados com IMP do tipo D e 333 (3%) do tipo X. Após análise por regressão logística, encontrou-se possível relação entre ocorrência de IMP com a especialidade na qual o paciente foi internado: a cardiologia (2,60 [OR]; p < 0,01) e cirurgia vascular (2,36 [OR]; p = 0,05) foram as clínicas que apresentaram maior risco. Por último, foi encontrado um total de 1.499 pares de IMP’s (D e X). Aproximadamente 50% dos pacientes internados apresentaram alguma IMP, com uma correlação maior às especialidades da cardiologia e cirurgia vascular.

Biografia do Autor

Sueli Monte, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em FARMÁCIA pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1999), mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Ceará (2003) e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2018). Professora do Departamento de Farmácia da UFRN, atualmente em lotação provisória no Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Farmácia clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: uso racional de medicamentos, segurança do paciente e uso de medicamentos por idosos.

Valdjane Saldanha, Hospital Universitário Onofre Lopes

Possui graduação em Farmácia (2003) e Bioquímica (2004) pela Universidade Estadual da Paraíba, mestrado (2009) e doutorado (2020) em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Faz parte do quadro efetivo de farmacêuticos da UFRN e atualmente é chefe do Setor de Farmácia Hospitalar do Hospital Universitário Onofre Lopes (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Tem experiência na área de Farmácia Hospitalar, com ênfase em Farmácia Clínica, intensivismo adulto e segurança do paciente.

Rand Martins, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor adjunto no departamento de Farmácia da UFRN. Desenvolve pesquisa em Farmácia Clínica, com foco em projetos de Farmacoepidemiologia e Farmacovigilância, especialmente relacionados à terapia intensiva. Credenciado como orientador junto ao Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica, atuando como coordenador do Polo Natal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher, ambos da UFRN.

Rodrigo Diniz, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2007), mestrado (2011) e doutorado (2015) em Ciências da Saúde (Conceito CAPES 5) também pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Farmácia. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Assistência Farmacêutica. Atua nas áreas de ensino (graduação; pós-graduação stricto e lato sensu; monitoria), extensão e pesquisa (estudos de utilização de medicamentos).

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Publicado

13-09-2024

Como Citar

Monte, S., Saldanha, V., Martins, R., & Diniz, R. (2024). Potenciais interações medicamentosas graves quanto à frequência, tipo e fatores associados em pacientes admitidos em um hospital geral. Conexões - Ciência E Tecnologia, 18, e022024. https://doi.org/10.21439/conexoes.v18i0.3325

Edição

Seção

Seção de Ciências da Saúde

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