Uso do Sensoriamento Remoto no Monitoramento de Plantas Aquáticas

Autores

  • Francisco Josivan de Oliveira Lima Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Fernando Bezerra Lopes Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Eunice Maia de Andrade Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Claudio Clemente Faria Barbosa Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
  • Adunias dos Santos Teixeira Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.21439/conexoes.v11i1.1077

Resumo

A propagação de plantas aquáticas nos corpos d’água tem contribuído para o comprometimento dos diversos usos da água. Para realizar o controle dessa vegetação é essencial que se faça a identificação e o monitoramento das espécies presente nos mananciais. O sensoriamento remoto é uma tecnologia que pode ser empregada na coleta de dados sobre macrófitas, sendo o NDVI uma técnica bastante utilizada na discriminação da vegetação. Objetivou-se investigar a aplicabilidade do sensoriamento remoto na avaliação de plantas aquáticas em diferentes níveis de aquisição de dados. O estudo foi realizado no açude Muquêm, localizado no município de Cariús, Ceará, que está inserido na bacia do Alto Jaguaribe, Brasil. Com o resultado obtido a partir da coleta das plantas aquáticas foi possível identificar três espécies (Polygonum ferrugineum Wedd, Salvinia oblongifolia Mart e Oxycaryum cubense (Poepp & Kunth) Palla). A partir das respostas espectrais dos alvos foi observado a diferença entre as espécies de vegetação e fases fenológicas. Através da utilização do NDVI nas imagens de Landsat-8 foi possível mapear a área do espelho d’água ocupado por vegetação aquática. Verificar que houve uma redução na área ocupada por vegetação, passando de 37,62% para 30,21%, para as imagens de julho e setembro de 2014, respectivamente. Verificou-se também que tal redução estava relacionada ao processo de senescência e morte destes indivíduos. Com a aplicação do NDVI também é possível a identificação e mapeamento de diferentes estádios da vegetação: senescência e decomposição.

Biografia do Autor

Francisco Josivan de Oliveira Lima, Universidade Federal do Ceará - UFC

Possui graduação em Tecnologia em Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Limoeiro do Norte (2012). Mestrando em Engenharia Agrícola com Área de concentração em Manejo e Conservação de Bacias Hidrográficas no Semiárido na Universidade Federal do Ceará pelo Departamento de Engenharia Agrícola. Atuando principalmente na Área de Manejo de Bacias Hidrográficas com enfoque na qualidade de água de mananciais superficiais, e na aplicação de geotecnologias e sensoriamento remoto.

Fernando Bezerra Lopes, Universidade Federal do Ceará - UFC

Professor adjunto do Departamento de Engenharia Agrícola - DENA do Centro de Ciências Agrárias - CCA da Universidade Federal do Ceará - UFC na área de manejo de bacias hidrográficas. Doutor em Engenharia Agrícola (Manejo e conservação de bacias hidrográficas no semiárido) pela UFC, com período sanduíche no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em São José dos Campos, São Paulo (2013). Mestrado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Federal do Ceará - UFC (2008). Possui graduação em Recursos Hídricos / Irrigação pela Faculdade de Tecnologia CENTEC - Instituto Centro de Ensino Tecnológico, Unidade de Sobral, Ceará (2006).

Eunice Maia de Andrade, Universidade Federal do Ceará - UFC

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1985), mestrado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Federal do Ceará (1988) e doutorado em Recursos Naturais Renováveis pela Universidade do Arizona, USA (1997). Efetuou estagio pós-doc na Universidade de Valladolid, Espanha (2011-2012) Atualmente é professora Titular aposentada da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência com Manejo de Bacias Hidrográficas e regimes hidrológicos de Regiões Semiáridas. Desenvolve pesquisas voltadas para o semiárido, atuando principalmente nos seguintes temas: hidrologia de regiões semiáridas, sustentabilidade do capital natural, qualidade das águas, conservação de solo e água no semiárido, fluxo e estoque de carbono na caatinga. Publicou 102 artigos em periódicos indexados, nacionais e internacionais, e 313 artigos completos e resumos expandidos em eventos nacionais e internacionais. Já orientou 42 Iniciação Científica, 32 dissertações de mestrado e 6 teses de doutorado. Atualmente orienta 4 alunos da graduação, 4 de mestrado, 6 de doutorado e supervisiona dois estágios pós-doc, um jovem talento e um PNPD. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - nível 1A. Foi Editora chefe da Revista Ciência Agronômica no período de 2003-2012. Atualmente é editora de área dos periódicos: Revista Ciência Agronômica (UFC), Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental (UFPB), e Revista Agro@mbiente (UFRR). Atua como revisora dos periódicos: Engenharia Agrícola, Environmental Research (New York), Journal of Hydrology, Applied Geochemistry, Journal of Environmental Management, Revista Árvore, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Revista Ciência Agronômica e Revista Agro@mbiente.

Claudio Clemente Faria Barbosa, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade do Vale do Paraíba, mestre e doutor em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2005). Atualmente é tecnologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e docente do programa de Pós-graduação em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais desde 2009. É coordenador do LabISA (Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos) do INPE. Tem experiência na área de Computação e Geociência, com ênfase em Sistemas de Informação geográfica e Sensoriamento Remoto, atuando principalmente no desenvolvimento de aplicações destas tecnologias em ecossistemas aquáticos. Participa de pesquisas, desenvolvendo modelos de funcionamento das áreas alagáveis Amazônicas utilizando sensoriamento remoto e dados in situ. As principais áreas de atuação são: sensoriamento remoto, geoprocessamento, modelagem ambiental e ótica hidrológica.

Adunias dos Santos Teixeira, Universidade Federal do Ceará - UFC

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1988), mestrado em Irrigação e Drenagem pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Engenharia Agrícola e de Biosistemas - University of California - Davis (2000). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Geoprocessamento, Agricultura de Precisão, Manejo de Irrigação e Otimização.

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Publicado

14-03-2017

Como Citar

de Oliveira Lima, F. J., Bezerra Lopes, F., Maia de Andrade, E., Faria Barbosa, C. C., & dos Santos Teixeira, A. (2017). Uso do Sensoriamento Remoto no Monitoramento de Plantas Aquáticas. Conexões - Ciência E Tecnologia, 11(1), 49–56. https://doi.org/10.21439/conexoes.v11i1.1077